Minha foto
Porto Velho, Rondônia, Brazil
de repente sem ruído as unhas crescem os ossos esticam os dentes nascem o cabelo escurece os olhos aguçados a boca o peito o abdômen imutável a tumba confortável a tumba confortável a tumba só confortável só a tumba confortável

quinta-feira, 29 de outubro de 2009



As pessoas que já passaram da doce fase da vida, a juventude, geralmente são acometidas por uma doença terrível que por conta de seus sintomas deveria se chamar "síndrome do museu". Elas se apegam ao passado de tal forma que se tornam alienadas e ranzinzas, custumam viver sonhando com um mundo que não existe mais. Se fossem nostálgicas seria romântico, porém não, são intolerantes e etnocentristas. O pior dos sintomas é mesmo a rejeição do novo, o fato de não conseguirem enxergar o mundo que existe além dos seus olhos, perceber os jovens como uma totalidade e os tratar como "farinha do mesmo saco", inúteis, idiotas, alienados...
A sociedade deveria investir em pesquisas científicas que ajudassem a encontrar a vacina para essa epidemia, pois os decrépitos doentes não conseguem desenvolver nem mesmo um antigo raciocínio lógico como toda ação provoca uma reação.
Deixando as metáforas de lado. Cansei de ser impessoal.

Quando a sociedade diz que alguns os jovens não se importam com o futuro, são festeiros e não tem a menor noção de valores e princípios éticos, me dói ter que abaixar a cabeça, porém eu o faço, só que não por muito tempo, rapidamente a levanto para dizer de quem é a culpa. Em todas as épocas as pessoas eram como tinham sido ensinadas a ser, nesta época não é diferente. Será que foram os hormônios no frango? Será que é o aquecimento global? O que aconteceu com os jovens de hoje em dia?

Uma coisa eu posso garantir, ainda existe uma essência na juventude, e isto nunca muda, a capacidade de aprender, de mudar, de defender o que acredita com a arma que estiver em mãos
Agora no que acreditar? Pelo que lutar? Como lutar? Porque lutar?
Sinta-se responsável por ajudá-los com estas questões, pois existem jovens que estão lutando por dinheiro, outros por diversão, e outros lutam simplesmente para "envelhecer rapidamente"... Se não pudermos viver a vida enquanto ela acontece não vai valer a pena... Não vale a pena.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

"Ignorando o Hoje"



* 28/08/09 (Max Homero)

A sociedade vive cercada de princípios e custumes antigos. Nem todos são adequados à situação atual, mas afinal, quem se importa com o hoje?
O mundo pensa no que os jovens farão dele (do mundo) no futuro, se estarão na universidade, ou se terão um bom emprego e uma família estruturada. Os pais poupam dinheiro para os estudos e pagam em dezenas de parcelas um computador para os filhos, e tudo isso pensando em um futuro melhor... Isso é nobre, muito nobre e inegavelmente necessário, mas há de se convir que a negligência está disfarçada por trás das boas intenções.
Qual a ideia de juventude que a escola, a família, o Estado e as comunidades têm? O jovem nunca "será alguém" se ele não for considerado assim agora. Os adolescentes já são fortes e podem agir, lutar, questionar, produzir e viver no presente. Não se deve anular esta fase da vida e a entender como um corredor para o sucesso. A adolescência não é uma passagem, é uma imensa oficina, inovadora, surpreendente e completamente equipada que está trancada com cadeados, coberta de poeira e teias de aranha, imbutida no corredor escuro de uma escola antiga.
É necessário acreditar na capacidade que já existe naturalmente nos adolescentes. Maturidade não é relacionada diretamente com a idade e sim com as boas oportunidades que são aproveitadas, com as decisões adequadas e com a força com que se vive cada dia.
Projetar o hoje nas mentes jovens, expor os problemas contemporâneos e buscar soluções imediatas, viabilizar as construções coletivas nas escolas e em outros grupos adolescentes, permitir o acesso a arte, música, cultura popular, esportes, decisões políticas e afins, assim um futuro brilhante será apenas consequência de um presente valorizado.




O que eles falam sobre o jovem não é sério...

Não é sério...