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Porto Velho, Rondônia, Brazil
de repente sem ruído as unhas crescem os ossos esticam os dentes nascem o cabelo escurece os olhos aguçados a boca o peito o abdômen imutável a tumba confortável a tumba confortável a tumba só confortável só a tumba confortável

domingo, 13 de dezembro de 2009

A rima e a proletária

*30 de novembro de 2009

Amadora, proletária displicente
Troca o dia pela noite
Para escrever sandices...
É que quando pensa,
algo rima
Uma rima que a torna atormentada,
E que nem rima com nada
E que ela não sabe dizer,
e que rima com o mundo
que ela não sabe descrever,
Onde tudo se encaixa
dentro da caixa
do não saber
Que separa o certo do incerto
Como se fosse possível fazer...

A rima troca tudo de lugar
a rima a deixa eufórica
Borbulha em seu estômago
Abre espaço, retórica
Invade com permissão
dos neurônios sonolentos
não do fígado sangrento
Nem do barulho do ventre

Uma rima que não tem ginga
e nada disso que as rimas têm
É verso de pensamento
e pensamento verseja num trem,
Não!
No Avião!
Ou não! No trem mesmo...

E agora, como a proletária vai trabalhar?
Quando será que este
maldito trem vai parar?!

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