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Porto Velho, Rondônia, Brazil
de repente sem ruído as unhas crescem os ossos esticam os dentes nascem o cabelo escurece os olhos aguçados a boca o peito o abdômen imutável a tumba confortável a tumba confortável a tumba só confortável só a tumba confortável

domingo, 6 de dezembro de 2009

O muro

*Breve explicação a quem me amou e hoje me odeia com simplório fulgor. Breve advertência a quem pretende me amar, e não me odiar...

Sou adequada
mudei de ideia sobre mim,
Sou tão adequada que permaneço aqui

Não ser dona da tarde sutil
que desce no peito,
Que doura o rio,
Não me incomoda mais...
Descobri que não amo demais
Não me importo em não chorar...

A ponto do Everest e a profundeza do mar...
Essa não sou.
é o meio de tudo isto que chama
e é pra este meio que vou

O muro parece alto,
mas sei me equilibrar
adoraria cair
mas sei me equilibrar
Queria quebrar a boca!
Me arrebentar em um dos lados feito louca!
Encontrar em um deles
o inverno lastimável
A primavera deflorável
o outono amável
e o verão libidinoso...

Mas aqui de cima tudo parece silencioso
Tudo parece ameno e confortável
sigiloso irrefutável...
Falo de sensação
A sinto apenas por imaginá-la...

Talvez seja apenas percepção que me falta,
Mas gosto do guarda-chuva que me mantém aqui
no alto,
sem medo de cair...
Eu gosto de não chover em tardes escuras
Gosto de não chover entre os trovões
Faço o drama no copo vazio
Eu me divirto com as emoções

Um comentário:

Meu tudo e/ou nada disse...

obrigada pela visita
=]
gostaria do seu msn
se puder mandar..
abraços
e poesias
cuide-se