-As árvores, meu filho, não têm alma!
E esta árvore me serve de empecilho...
É preciso cortá-la, pois, meu filho,
Para que eu tenha uma velhice calma!
-Meu pai, por que sua ira não se acalma?!
Não vê que em tudo existe o mesmo brilho?!
Deus pôs alma nos cedros... No junquilho...
Esta árvore, meu pai, possui minha'alma!
- Disse - e ajoelhou-se, numa rogativa:
"Não mate a árvore, pai, para que eu viva!"
E quando a árvore, olhando a pátria serra,
Caiu aos golpes do machado bronco,
O moço triste se abraço com o tronco
E nunca mais se levantou da terra!
Augusto dos Anjos
E esta árvore me serve de empecilho...
É preciso cortá-la, pois, meu filho,
Para que eu tenha uma velhice calma!
-Meu pai, por que sua ira não se acalma?!
Não vê que em tudo existe o mesmo brilho?!
Deus pôs alma nos cedros... No junquilho...
Esta árvore, meu pai, possui minha'alma!
- Disse - e ajoelhou-se, numa rogativa:
"Não mate a árvore, pai, para que eu viva!"
E quando a árvore, olhando a pátria serra,
Caiu aos golpes do machado bronco,
O moço triste se abraço com o tronco
E nunca mais se levantou da terra!
Augusto dos Anjos
*Eu pretendia comentar este poema, porém ao lê-lo novamente notei que não conseguiria, pois é grande, grande além das linhas, grande além de mim. Este poema é dominante e eu simplesmente me rendi...
4 comentários:
é simplesmente PERFEITO! ♥
♥
"renda-se como me rendi..."
obrigada pela visita =]
experimente ler aquele mesmo poema de baixo pra cima ;)
bju
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