Minha foto
Porto Velho, Rondônia, Brazil
de repente sem ruído as unhas crescem os ossos esticam os dentes nascem o cabelo escurece os olhos aguçados a boca o peito o abdômen imutável a tumba confortável a tumba confortável a tumba só confortável só a tumba confortável

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

setecentos e dezenove*

O
teu nome é
todo limpo,
todos claros
ralos
e luminosos

não há trevas
e são 719
setecentos e
dezenove
sete centenas
uma dezena
e nove unidades
de brilho

jesus tinha
muitos nomes,
muitos nomes
mas os seus
tomaram
toda a pureza

Sem essa
de jesus...
setecentos e
dezenoves e
sorves
a escuridão

Setecentos e
vinte então?
Não!
não faltou em
ti contradição...

um deles se esconde
no ombro do raio
que fica de costas
pro sol

é um nome pardo,
pintado
malhado
bastardo
desgarrado

nome caído
expulso
chutado
banido
impuro

luciferiano
bacteriano
baratiano
fobia

setecentos e
dezenove
719 nomes
e uma bolha negra
seduz
sete centenas,
uma dezena
nove unidades
de luz!

todos claros
como o sol
leves como
o ar
todos flores
borboletas

o que há com esse
nome
legível
ininteligível
sombrio
ébrio
sozinho?

o que houve
com o irmão
mais velho?
se escondeu
no ombro do raio
ou no
aurélio?

setecentos e
dezenove,
luminescência.
essência malediscência.
paciência!
nome de poeta
se esconde
nas reticências...

Nenhum comentário: